O desejo de desacelerar o processo de envelhecimento e manter a pele jovem e radiante impulsiona a demanda global por produtos antienvelhecimento há décadas. De cremes e séruns a tratamentos dermatológicos avançados, a indústria cosmética tem experimentado uma explosão de produtos que prometem reverter ou retardar os efeitos do envelhecimento.

Um dos desenvolvimentos mais empolgantes nessa área é o surgimento dos senolíticos, uma classe de compostos originalmente estudados na ciência da longevidade por seu potencial de melhorar a saúde geral e retardar o declínio relacionado à idade.

O que são senolíticos?

Senolíticos são compostos que visam especificamente eliminar células senescentes, frequentemente chamadas de “células zumbis”. Essas células disfuncionais deixam de se dividir, mas continuam metabolicamente ativas, liberando sinais inflamatórios prejudiciais que aceleram o envelhecimento, prejudicam os tecidos ao redor e contribuem para problemas visíveis na pele, como rugas, perda de elasticidade e tom desigual. Ao remover essas células, os senolíticos ajudam a restaurar o equilíbrio, rejuvenescendo a pele de dentro para fora.

Como os senolíticos atuam nos cuidados com a pele?

Os senolíticos na cosmética representam uma abordagem inovadora para os cuidados antienvelhecimento.

Enquanto a maioria dos produtos convencionais foca na hidratação, estimulação de colágeno ou proteção antioxidante – tratando apenas a superfície da pele ou camadas próximas a ela –, os senolíticos atuam em um nível mais profundo, combatendo o envelhecimento em sua origem.

Ao eliminar as células senescentes, reduzem a inflamação e criam um ambiente favorável para a regeneração celular. O resultado é uma renovação celular aprimorada, permitindo que os mecanismos naturais de reparação da pele funcionem de forma mais eficaz.

Além disso, a remoção dessas células reduz a secreção de citocinas pró-inflamatórias, acalmando a pele e potencialmente minimizando vermelhidão ou irritação.

A incorporação de senolíticos em produtos para a pele requer técnicas avançadas de formulação para garantir sua estabilidade, eficácia e entrega segura. Esses compostos podem ser utilizados em diversas formulações, como:

Séruns antienvelhecimento, que combatem rugas finas, flacidez e linhas de expressão, ajudando a restaurar uma aparência mais jovem.
Tratamentos clareadores, voltados para a redução do tom de pele irregular e o aumento da luminosidade natural.
Produtos de recuperação, desenvolvidos para acalmar a inflamação e dar suporte à pele sensível, promovendo saúde e equilíbrio cutâneo.

Exemplos de senolíticos em produtos cosméticos

O potencial dos senolíticos não passou despercebido pela indústria cosmética, e diversas marcas já estão explorando seu uso em formulações para a pele.

Embora essa área ainda esteja em desenvolvimento, alguns ingredientes senolíticos naturais vêm ganhando destaque:

• Quercetina – flavonoide encontrado em frutas, vegetais e plantas. A quercetina tem propriedades senolíticas e pode eliminar células senescentes, tornando-se um ingrediente promissor para séruns e cremes antienvelhecimento.

• Fisetina – outro flavonoide com atividade senolítica. Estudos em animais demonstraram que a fisetina reduz sinais de envelhecimento, sendo explorada para formulações cosméticas voltadas à melhora da saúde e aparência da pele.

• Extratos naturais e botânicos – ingredientes como extrato de uva, erva-alpina, chá verde e romã estão sendo investigados por seus potenciais efeitos senolíticos. Esses compostos à base de plantas ajudam na renovação celular e no combate ao estresse oxidativo, tornando-se componentes valiosos em formulações avançadas de cuidados antienvelhecimento.

Por que as marcas devem considerar os senolíticos?

À medida que os consumidores se tornam mais informados sobre os cuidados com a pele, cresce a busca por soluções que ofereçam benefícios além da superfície. Os senolíticos se alinham perfeitamente a essa tendência, proporcionando uma oportunidade única para as marcas se destacarem com uma abordagem cientificamente avançada e baseada em pesquisas.

A demanda por produtos de beleza sustentáveis também está aumentando, e muitos compostos naturais se encaixam nessa tendência, oferecendo uma alternativa ecológica a ingredientes sintéticos. Ao incorporar senolíticos em suas linhas de produtos, as marcas podem atrair um público crescente que busca eficácia e sustentabilidade.

Direções futuras

Embora as pesquisas sobre senolíticos ainda estejam em estágios iniciais, suas implicações para os cuidados com a pele são vastas. Com o avanço da ciência, é possível que vejamos o desenvolvimento de terapias combinadas, nas quais senolíticos são associados a outros ingredientes poderosos, como retinoides, peptídeos e antioxidantes, para uma abordagem abrangente ao rejuvenescimento da pele. Essas formulações sinérgicas podem oferecer benefícios antienvelhecimento mais eficazes do que produtos isolados.

A personalização dos cuidados com a pele também pode se tornar mais comum, com produtos adaptados às necessidades individuais e padrões específicos de envelhecimento. O crescente entendimento sobre a senescência celular e seu impacto no envelhecimento pode levar ao desenvolvimento de tratamentos personalizados que visem os tipos específicos de células senescentes presentes na pele de cada indivíduo.

Além de combater os sinais visíveis do envelhecimento, os senolíticos podem oferecer soluções para outras condições cutâneas relacionadas à inflamação e disfunção celular, como hiperpigmentação e sensibilidade crônica. Esse potencial reforça a capacidade dos senolíticos de transformar não apenas estratégias antienvelhecimento, mas também abordagens mais amplas para a saúde e os cuidados com a pele.

Os senolíticos representam uma fronteira promissora na indústria cosmética, trazendo uma nova abordagem cientificamente comprovada para combater o envelhecimento. Ao eliminar células senescentes, esses compostos têm o potencial de revolucionar nossa compreensão sobre os cuidados com a pele.

À medida que mais pesquisas são realizadas e mais produtos incorporam ingredientes senolíticos, os consumidores poderão contar com soluções eficazes e de longo prazo para manter uma pele jovem e radiante. Com sua capacidade de reduzir inflamações, estimular a regeneração celular e aumentar a produção de colágeno, os senolíticos podem se tornar a próxima grande inovação na busca pela beleza atemporal.

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1 Luttrell, A., Teeny, J. & Petty, R. 2021. “Morality Matters in the Marketplace: The Role of Moral Metacognition on Consumer Purchasing.” Social Cognition.

A barreira cutânea, ou skin barrier, é a camada mais externa da pele e inclui o estrato córneo, seu microbioma e sua composição química. Essa camada é rica em diferentes classes de lipídios, como ceramidas, colesterol, ácidos graxos e outras substâncias mais hidrofílicas como filagrina, lecitinas, aminoácidos, açúcares e proteínas. O mercado global de produtos para cuidado de barreira cutânea tem um valor projetado de U$ 1,6 bilhão até 2024 e um valor projetado de U$ 2,2 bilhões até 2031, com um CAGR estimado de 4,7% para este período. Este tamanho de mercado representa uma grande oportunidade de inovação para a indústria cosmética.

Essa camada tem diversas funções, como proteger o corpo de agentes externos e impedir a entrada de substâncias irritantes ou perigosas, bem como bactérias, vírus e alérgenos. Entre suas funções mais importantes está a prevenção da perda de água. Também ajuda a regular a temperatura corporal. Por outro lado, a barreira cutânea permite-nos sentir sensações táteis, como toque, pressão e dor. É por isso que é um elemento muito importante do nosso sistema sensorial.

Que fatores podem danificar a barreira da pele? Sabonetes e produtos de limpeza agressivos podem remover os lipídios naturais da pele, tornando-a mais vulnerável a irritantes. A água quente pode tirar a oleosidade natural da pele e torná-la mais seca. O tempo seco também pode desidratar a pele e danificar a barreira cutânea. Os raios UV podem danificar as células da pele e enfraquecer a barreira cutânea. Certas doenças da pele, como eczema e psoríase, podem danificar a barreira cutânea.

Por que o cuidado de barreira é uma tendência? Durante a pandemia sofremos a deterioração da barreira devido ao uso excessivo de sabonetes e desinfetantes. Fotos de médicos e enfermeiros com problemas de pele por uso excessivo de máscaras ficaram famosas nas redes. Por outro lado, o aquecimento global, o stress e a poluição continuam a aumentar. É por isso que os consumidores estão agora mais conscientes de que uma pele saudável começa com uma barreira cutânea saudável. Os consumidores sabem que quando a barreira cutânea é danificada, a pele pode ficar seca, irritada, sensível e propensa a problemas como eczema, rosácea e acne. A seguir, veremos algumas das tendências em expansão no cuidado de barreiras.

O₂  my skin!: Este ano vimos novos estudos que indicam como os baixos níveis de oxigênio podem alterar a saúde da barreira cutânea. A indústria está desenvolvendo mecanismos bioquímicos inovadores para aumentar a oxigenação da pele, restaurar a vitalidade e promover a saúde da barreira. Soothing is the new black.

Repair, repair & repair: Os claims relacionados com a reparação são apresentados como uma das grandes tendências em skincare para este ano. A xerose é hoje um dos principais targets do tratamento facial. As estatísticas indicam que esta condição é muito comum, com quase um terço da população sofrendo dela. A pele seca pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos consumidores e se não for tratada corretamente pode originar eczema ou dermatite atópica, que é uma condição que provoca pele muito seca, comichão e inflamação. Esta dermatite é crônica e geralmente piora periodicamente.

Skin barrier month: Recentemente, uma marca bem conhecida de produtos de tratamento de barreira declarou maio de 2024 como o Mês de Conscientização sobre a Barreira Cutânea. Esta proposta é interessante porque vemos marcas ajudando a transformar a forma como os consumidores abordam a barreira cutânea e a saúde geral da pele.

Inclusive barrier: Skincare também é inclusivo. Estamos vendo avanços científicos muito interessantes sobre as características bioquímicas da barreira dos diferentes tipos de pele, o que se traduz em lançamentos inovadores em conceitos relacionados ao cuidado da barreira cutânea rica em melanina, em tons de pele mais escuros, cuidados com a barreira da pele masculina, cuidados de barreira em pessoas que estão em transição de género, em pacientes que recebem quimioterapia, em bebés, crianças e adolescentes, entre outros.

Tweens skincare: Nos últimos meses, temos visto vários relatos sobre a tendência de pré-adolescentes obcecados por produtos para a pele. Isso tem feito com que diversos dermatologistas e profissionais se pronunciem sobre o assunto, indicando os cuidados e cuidados que esse grupo de consumidores deve ter com os tratamentos faciais. Especialistas indicam que rotinas de cuidados com a pele desde cedo podem trazer alguns benefícios, por exemplo incentivar os jovens a estabelecerem hábitos saudáveis ​​desde o início, também há riscos, alertam os especialistas. As redes sociais são essenciais para promover o uso adequado de produtos cosméticos no segmento tweens. O design responsável de produtos para este segmento de mercado representa uma grande oportunidade para a indústria. Produtos de limpeza, hidratantes básicos e protetores solares são os básicos para esse alvo.

Science backs it up: O consumidor procura produtos, ingredientes e soluções com respaldo científico. As inovações em ceramidas e ácido hialurônico são os principais protagonistas desta categoria.

Less is more: Estamos observando uma tendência muito interessante no mercado. Já se foram os dias das rotinas de dez passos. Os consumidores desejam soluções e rotinas mais simples e eficazes.

Microbiome matters: Definitivamente, os desenvolvimentos no cuidado do microbioma são fundamentais para o desenvolvimento desta categoria. Estudos e novas descobertas sobre a ligação entre o microbioma e a saúde da pele estão a abrir as portas a novos conceitos, mecanismos, benefícios e claims.

Men’s skin barrier: À medida que aumenta a procura por produtos de cuidado da pele que visam a barreira cutânea, também aumentam as opções disponíveis para os homens. Existe uma gama cada vez maior de produtos concebidos especificamente para as necessidades da pele masculina, que se caracteriza por uma textura mais espessa, níveis mais elevados de produção de sebo e uma necessidade específica de reparação no barbear diário. As máscaras em folha estão ganhando espaço na cosmética masculina.

O foco no fortalecimento da barreira cutânea tornou-se uma tendência crítica nos cuidados com a pele. Os produtos destinados a melhorar a função de barreira ajudam a proteger a pele dos poluentes ambientais, irritantes e alergénios, ao mesmo tempo que mantêm os níveis de hidratação. A disfunção da barreira cutânea resulta em doenças de pele que podem ser tratadas com produtos de cuidado da pele especialmente concebidos. 2024 é apresentado como o ano do “barrier-loving skincare”.

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A demanda por produtos mais sustentáveis está em constante crescimento: de acordo com um estudo da Nielsen, 42% dos brasileiros modificaram seus hábitos de consumo para minimizar o impacto no meio ambiente. Entretanto, essa tendência não é recente.

Veganismo e comunidades

Desde 2014, observamos que as tendências de sustentabilidade estão se tornando hábitos de consumo consolidados, como a busca por produtos veganos. Uma rápida consulta à plataforma do Google Trends revela o aumento da relevância dos termos “vegano” e “vegetariano” a partir desse ano. Além disso, é possível notar uma mudança no comportamento do consumidor nas farmácias e supermercados, com mais pessoas lendo os rótulos e se preocupando com os produtos que utilizam em sua rotina.

Há 11 anos, o caso do Instituto Royal, envolvendo beagles em condições deploráveis, e o viral “Salve o Ralph” de 2021, uma animação que expõe os testes em animais em laboratórios de cosméticos, despertaram a atenção do consumidor. Mesmo aqueles que não aderiram ao veganismo estão sensibilizados e vigilantes. Por que continuar testando em animais quando existem tecnologias e métodos alternativos disponíveis? A pressão do público fez a roda do mercado mudar seu curso. 

Fatores como a pandemia aceleraram essa preocupação e as redes sociais desempenharam um papel crucial na conscientização, democratizando o acesso à informação e dando voz ativa ao público. Como resultado, surgiram comunidades, grupos e influenciadores que promovem uma mudança que antes era adiada pela indústria tradicional. Diante dessa conscientização, o mercado começou a se movimentar mais rapidamente.

Analisando os impactos

Mas o que torna um cosmético sustentável? Não basta utilizar ingredientes inspirados na natureza. É necessário considerar toda a cadeia produtiva, incluindo a formulação, as embalagens, as responsabilidades socioambientais e a logística, desde o laboratório de P&D até a entrega ao cliente.

No Brasil, não há uma legislação específica para classificar um produto ou fórmula como natural, orgânico ou sustentável. No entanto, em escala internacional, existem iniciativas como o referencial europeu COSMOS e o padrão ISO 16128, que estabelecem critérios para definir um cosmético natural ou orgânico.

Além disso, existem movimentos e outros selos que avaliam o impacto socioambiental das empresas, considerando aspectos como equidade, bem-estar social e impacto na comunidade local, ou mesmo para embalagens, com selos que certificam a logística reversa de embalagens pós-consumo por meio da compensação ambiental.

Clean beauty como caminho possível

Diante da confusão do público em relação às categorizações de produtos como veganos, sustentáveis, naturais ou orgânicos, e dos altos custos e exigências das certificadoras, surgiu uma brecha no mercado conhecida como “clean beauty” ou “beleza limpa”.

Essa categoria de produtos promove o uso de matérias-primas consideradas menos nocivas e mais responsáveis, livres de toxinas e ingredientes controversos, incluindo alternativas de origem natural e permitindo também o uso de ingredientes sintéticos considerados seguros. Segundo dados da consultoria Statista divulgados pelo Valor Econômico, espera-se que esse mercado atinja um faturamento global de US$ 22 bilhões até 2024.

Diante desse potencial, grandes varejistas lançaram suas próprias interpretações desse movimento, como a Sephora, com o selo “Clean at Sephora”, iniciativa que começou nos Estados Unidos em 2018 e chegou ao Brasil em 2022, oferecendo uma seleção especial de marcas conscientes e sustentáveis.

Desafios da indústria

Para os desenvolvedores, atender a essa demanda crescente pode ser desafiador. Blanca Gallegos, farmacêutica e pesquisadora de cosméticos, destaca o custo como um dos principais obstáculos. “As matérias-primas orgânicas e naturais costumam ser mais caras. Mesmo que o público esteja disposto a pagar mais por produtos naturais, é um desafio desenvolver formulações tecnologicamente avançadas com desempenho invejável, estabilidade e preço competitivo em relação ao mercado“.

Nesse sentido, o grande desafio é equilibrar custos, democratizar fórmulas e atender às expectativas, especialmente das novas gerações, que valorizam a sustentabilidade sem abrir mão da eficácia.

Neste mercado em constante evolução, a responsabilidade principal recai sobre a indústria e a transparência das marcas na educação do público. Mais do que simplesmente oferecer produtos sustentáveis, é essencial agir com transparência e fornecer informações claras, facilitando assim a tomada de decisão consciente por parte dos consumidores.

Afinal, o poder está nas mãos dos clientes.

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Nos últimos anos, uma evolução notável ocorreu na indústria de cuidados com a pele e cosméticos – o surgimento do biohacking.

Essa abordagem inovadora, que utiliza princípios da biologia e tecnologia, transformou o panorama do cuidado pessoal, marcando uma mudança significativa em direção a rotinas de cuidados com a pele mais informadas, conscientes e personalizadas. À medida que os consumidores se tornam cada vez mais conhecedores e conscientes da saúde, a demanda por produtos adaptados às necessidades individuais disparou, catalisando uma transformação profunda no mercado.

O biohacking, em sua essência, envolve o uso da ciência e tecnologia para otimizar processos biológicos visando um melhor desempenho e bem-estar. No campo dos cuidados com a pele, isso se traduz no desenvolvimento de produtos e práticas destinadas a maximizar a saúde e vitalidade da pele por meio de uma compreensão mais profunda de sua biologia e bioquímica.

Nossa pele, o maior órgão do corpo, demonstra incríveis habilidades de autorregulação. As células da pele se comunicam de maneira intricada com vários sistemas corporais, adaptando-se constantemente a fatores externos e passando por ciclos de renovação e regeneração. Estudar os mecanismos moleculares do funcionamento da pele tem fornecido insights valiosos sobre desafios relacionados ao envelhecimento e comportamentos genéticos.

O biohacking é uma abordagem holística que utiliza “hacks” de autoaperfeiçoamento inspirados na biologia, neurociência e pensamento sistêmico. Ele vai além das práticas convencionais, incorporando abordagens inovadoras para melhorar a saúde e vitalidade da pele.

Isso inclui a utilização de dispositivos como máscaras de luz vermelha, que aproveitam comprimentos de onda específicos de luz para estimular a produção de colágeno, melhorar o tom da pele e reduzir os sinais de envelhecimento. Essas máscaras auxiliam na rejuvenescimento da pele, promovendo uma aparência mais jovem.

Além disso, o biohacking abrange a adoção de uma dieta saudável rica em nutrientes essenciais e antioxidantes, que nutrem a pele internamente e apoiam suas funções naturais, além de práticas como o jejum intermitente, que desencadeia a autofagia, permitindo que a pele elimine células danificadas e toxinas de forma eficiente.

No entanto, o biohacking também abrange a integração de ingredientes específicos em produtos de cuidados com a pele, melhorando ainda mais sua capacidade de promover uma pele jovem. Esses ingredientes, cuidadosamente selecionados por sua eficácia, trabalham sinergicamente para abordar várias preocupações com a pele e otimizar a saúde geral da pele.

Existem vários métodos para incorporar práticas de biohacking nas rotinas de beleza:

• Proteção antioxidante: combater o estresse oxidativo requer a incorporação de antioxidantes potentes como a niacinamida (vitamina B3), vitamina E, resveratrol e astaxantina em formulações de cuidados com a pele. Ao neutralizar os radicais livres e reforçar os mecanismos de defesa da pele, produtos ricos em antioxidantes protegem contra o envelhecimento prematuro, agressores ambientais, suportam a função da barreira cutânea e reduzem a inflamação.

• Aprimoramento da atividade mitocondrial: otimizando a função mitocondrial, produtos para cuidados com a pele infundidos com extratos inovadores, como extratos de algas ou curcumina (do extrato de cúrcuma), ajudam a proteger contra danos induzidos pelo estresse oxidativo. Essas formulações de ponta energizam as células da pele, revitalizando a tez e promovendo um brilho jovem.

• Ingredientes idênticos à pele: imitando a linguagem da pele saudável, ingredientes como ceramidas e esqualano desempenham um papel fundamental na preservação da barreira natural da pele, mitigando assim as mudanças relacionadas à idade. Ao repor esses componentes essenciais, os produtos para cuidados com a pele aumentam a resiliência e vitalidade da pele.

• Regulação epigenética: modular a expressão de genes relacionados ao envelhecimento por meio de ingredientes como ácido hialurônico, epigalocatequina galato (encontrada no chá verde) e niacinamida oferece uma via promissora para reverter o processo de envelhecimento.

• Abordagem baseada no microbioma: restaurar a diversidade do microbioma da pele através de formulações amigáveis ao microbioma, incluindo pró-, pré- e pós-bióticos ou extratos fermentados, fomenta uma relação simbiótica que promove a saúde e vitalidade da pele. Ao nutrir microflora benéfica e suprimir bactérias patogênicas, essas formulações melhoram a resiliência e radiância naturais da pele.

Através da combinação estratégica de técnicas de biohacking, dispositivos, dieta e formulações de cuidados com a pele, os indivíduos podem desbloquear todo o potencial de sua pele e alcançar uma radiância e vitalidade duradouras.

Um dos impactos mais notáveis do biohacking nos cuidados com a pele tem sido o surgimento de formulações personalizadas. Através de avanços em biotecnologia e análise de dados, as empresas podem agora analisar a composição genética dos indivíduos, fatores de estilo de vida e exposições ambientais para criar soluções de cuidados com a pele sob medida, adaptadas às suas necessidades específicas.

Essa mudança em direção aos cuidados personalizados com a pele não só garante maior eficácia, mas também promove um senso de empoderamento entre os consumidores, que agora são participantes ativos em sua jornada de cuidados com a pele, em vez de receptores passivos de produtos genéricos.

Além disso, o biohacking levou a uma maior conscientização sobre os ingredientes utilizados em formulações de cuidados com a pele. À medida que os consumidores se tornam mais conhecedores, tem havido uma demanda crescente por ingredientes limpos, naturais e cientificamente comprovados, levando as empresas a priorizarem a transparência e a sustentabilidade em suas ofertas de produtos.

Em conclusão, olhando para o futuro, o biohacking continua a expandir os limites das possibilidades, a integração de princípios de bem-estar nas rotinas de cuidados com a pele representa uma mudança de paradigma na busca pela vitalidade jovem.

Embora a eficácia do biohacking nos cuidados com a pele seja inegável, só o tempo dirá se ele permanecerá como uma tendência passageira ou evoluirá para um componente indispensável de nossas rotinas diárias.

No entanto, uma coisa é certa – o desejo por bem-estar ideal não conhece limites, e o biohacking mostra-se promissor em tornar o envelhecimento gracioso mais alcançável. Abraçando a sinergia entre ciência e cuidados com a pele, embarcamos em uma jornada rumo à saúde radiante e beleza atemporal, desvendando os segredos do biohacking uma rotina de cuidados com a pele de cada vez.

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Qual é o atual cenário das pesquisas universitárias para a indústria cosmética? Como os estudos estão impactando a inclusão de ativos e matérias-primas verdes na composição dos produtos de beleza e cuidados pessoais?

Para conhecer as respostas para estas e outras questões sobre o trabalho desenvolvido pelas universidades e a relação com o mercado de HPPC, Cleber Barros, consultor técnico da in-cosmetics Latin America, conversa com o Dr. Marcelo Schulman, farmacêutico, professor universitário e fundador da Vita Derm Hipoalergênica.

Dê play e confira mais um episódio com informações para profissionais de pesquisa, formulação, desenvolvimento de produtos e marketing do setor de cosméticos.

O mercado de cosméticos infantil também tem ganhado novas opções de produtos para banho, higiene e cuidados pessoais. O aumento do portfólio, com base em novas formulações, tem sido uma das estratégias das empresas para agradar as crianças, e também pais e mães.

Cosméticos infantis é o tema deste episódio que tem como participante Luciana Amiralian, Diretora P&D e Inovação da Phisalia, empresa detentora das marcas Trá lá lá, voltada para crianças, e Lukinha, para bebês. Quer conhecer um pouco mais sobre produção, formulação e atual cenário do mercado? Clique em play!

Os óleos vegetais são substâncias lipídicas e apolares de natureza complexa. Devido às suas propriedades hidratantes, condicionantes, formadoras de película, lubrificantes e conferidoras de brilho, eles são amplamente empregados na indústria cosmética. Sua aplicabilidade é vasta, podendo ser utilizados em emulsões, sistemas anidros e de limpeza. 

O que é um óleo?

O dicionário Priberam define óleo como:

“Substância gorda, líquida à temperatura ordinária e insolúvel na água, de origem vegetal, animal ou mineral, empregada em numerosos empregos (alimentares, domésticos, industriais, farmacêuticos, etc)”.

          (Dicionário Priberam)

Sendo assim, já temos indícios do que caracteriza um óleo. Sua maior e mais lembrada característica talvez seja sua insolubilidade em água. Na cosmetologia esse conceito é muito comum, pois sempre que formulamos separamos a fase aquosa da oleosa e, quando queremos misturá-las para criar emulsões, adicionamos emulsionantes ao sistema.

Óleos também são líquidos, mas podem se tornar sólidos em temperaturas fora da ambiente comum, dependendo de suas características físico-químicas, e possuem várias fontes de origem: animal, vegetal, mineral, sintética…

Os tipos de óleos são variados e cada um pode apresentar função própria e diferentes indicações. Isso é importante na cosmetologia pois, para criar a formulação ideal, é necessário que se entenda e conheça o ingrediente com o qual se está trabalhando e respeite suas características.

Óleos vegetais

Os óleos vegetais são recorridos na cosmetologia por conta de sua classificação como emolientes. Os emolientes protegem a barreira epitelial e restauram a homeostase cutânea. Esses óleos são usados como emolientes, por conta de suas propriedades de hidratação e suavização da superfície cutânea.

São produzidos por plantas como fonte de energia, estando mais presentes em suas sementes e frutos. Sua composição é 95% de triglicerídeos. Os outros 5% são constituídos por diferentes substâncias, em diferentes proporções, como fosfolipídeos, glicolipídeos, sulfolipídeos, esfingolipídeos, ceras (fração saponificável) e hidrocarbonetos como esqualeno, pigmentos carotenóides e clorofílicos, vitamina E, fitoesteróis, polifenóis e álcoois triterpênicos (fração não saponificável, responsável pela ação anti-inflamatória e efeitos antioxidantes dos óleos). São oleosos, variando de viscosidade, mas nunca fluídos ao extremo. Possuem alta polaridade por conta de suas três ligações em éster.

A composição graxa dos óleos vegetais é classificada com a presença ou ausência de ligações duplas. Ácidos graxos saturados não possuem ligação dupla, ácidos graxos monoinsaturados possuem apenas uma ligação dupla e ácidos graxos poliinsaturados possuem mais de uma ligação dupla.

Os óleos vegetais alteram a reologia da formulação, como sua textura e seu sensorial, e também reduzem o cisalhamento. Têm sido cada vez mais empregados, principalmente como substitutos para os óleos minerais e animais. Esse crescimento acompanha a alta demanda por produtos mais naturais. São compostos quimicamente, em sua maior parte, por ácidos graxos (cadeias longas de hidrocarbonetos) com pelo menos sete carbonos e uma função carboxila em uma das extremidades, sendo que estes podem ser saturados ou insaturados.

Um de seus pontos mais positivos é sua alta eficácia na hidratação e baixo índice de efeitos colaterais (como irritação e alergias), além de seu custo relativamente baixo na maioria dos casos. Assim, cada vez mais os óleos vegetais são introduzidos no mercado.

Suas aplicações variam e ainda podem beneficiar diversos públicos. Desde bebês recém-nascidos, que possuem peles mais sensíveis, até auxiliares em tratamentos de pele para pacientes com eczema, os óleos vegetais são um investimento recorrente. 

Entretanto, esses óleos costumam estar muito sujeitos à oxidação e alterações em sua coloração por conta da exposição à luz, ao oxigênio e ao calor. Isso ocorre devido ao seu grupo alquil ter ácidos graxos insaturados e ligações duplas propensas à oxidação (perda de elétrons). Aqueles que apresentam ácido láurico e/ou mirístico, que têm poucas cadeias de alquil, proporcionam um toque leve. Já aqueles ricos em ácidos graxos, como óleo oleico, dão uma sensação de hidratação.

Óleos refinados

Os óleos refinados são aqueles que passaram pelo processo de refino. Isso abrange três etapas: neutralização, clarificação e desodorização. 

A neutralização remove os ácidos graxos livres e demais componentes como proteínas, ácidos oxidados, etc. Ocorre por meio da adição de solução aquosa contendo álcalis e como exemplos temos o hidróxido de sódio ou carbonato de cálcio, o que leva à saponificação dos óleos. 

Depois, ocorre a clarificação. Seu objetivo, claro, é tornar os óleos mais claros. Utiliza-se adsorventes que podem ser misturados ao carvão ativado. Esses adsorventes têm sua eficácia melhorada quando o óleo neutro é lavado. 

Por fim, temos a desodorização, que remove sabores e odores não desejáveis. Remove-se aldeídos, cetonas, ácidos graxos oxidados, produtos de decomposição de proteínas, carotenóides e esteróis, formados durante o armazenamento e processamento. Já quanto aos compostos naturalmente presentes nos óleos, remove-se hidrocarbonetos insaturados e ácidos graxos de cadeia curta e média. Também se retira ácidos graxos livres e peróxidos. 

Óleos leves e pesados

Esses termos são mais comumente utilizados para se referir ao petróleo. As classificações “leve” e “pesado” designam a concentração do óleo que está sendo analisado: quanto mais fluido, mais leve, e quanto mais viscoso, mais pesado. 

Óleos duros e moles

Esses são termos muito utilizados na saboaria. Óleos duros (saturados), basicamente, são aqueles sólidos à temperatura ambiente, como o óleo de coco e a manteiga de karité, gerando barras mais sólidas e diminuindo o tempo de desenformação para produtos anidros no geral. Os óleos moles (insaturados), por outro lado, são aqueles líquidos em temperatura ambiente, como os óleos vegetais que citamos anteriormente neste artigo. A solidificação de produtos que os contém acaba sendo mais demorada.

Os emolientes e umectantes são duas das classes cosméticas mais utilizadas no desenvolvimento de formulações e um requisito básico para diversos produtos de beleza e cuidado pessoal. Apesar da funcionalidade muitas vezes parecida, possuem grandes diferenças na prática, e entendê-las é essencial para se tornar um melhor formulador, e um profissional preparado para os desafios que podem surgir. Neste artigo iremos conhecer um pouco mais sobre essas classes e destrinchar suas funções, aplicações e importância no mundo da cosmetologia.

Emolientes

Emolientes são agentes utilizados para suavizar o estrato córneo, conferindo hidratação e suavidade. Eles evitam a perda de água e a ocorrência de descamações, melhorando as propriedades mecânicas da pele. A perda d’água é evitada com a formação de um filme oclusivo sob o meio epitelial, que reduz a evaporação natural que ocorre em nossos organismos. É a classe de ingredientes mais recorrida pela dermatologia para tratar doenças de pele por sua eficácia, grande adesão por parte dos tratados e baixo índice de “problemas cosméticos” (efeitos colaterais gerais que determinados ingredientes ou classes cosméticas podem causar), podendo ser encontrados em origens animais, vegetais e sintéticas. Seu emprego em formulações cosméticas, especialmente emulsões, facilita sua estabilidade e melhora o sensorial que o consumidor está propenso a ter.

Dentre as diversas vantagens dos emolientes, além destas citadas acima, estão as capacidades antioxidantes de alguns deles, seu baixo custo, sua grande aceitação por parte dos consumidores, sua boa espalhabilidade (que garante melhor aproveitamento e menor desperdício) e que alguns podem ser deixados sob a pele por determinado tempo (desde que haja outro produto para removê-lo posteriormente).

A grande dificuldade de se trabalhar com emolientes é sua degradação, muitas vezes denominada rancificação. Ela nada mais é do que alterações físico-químicas que podem ser aceleradas por catalisadores como altas temperaturas, por exemplo. Isso resulta na oxidação de óleos de gorduras, o que não é difícil de ser notado devido ao forte odor e aumento na viscosidade. Além de desagradável para os consumidores, efeitos tóxicos podem ser produzidos por essa oxidação.

Uso dos óleos vegetais em cosméticos

Óleos vegetais são muito utilizados em diversos produtos cosméticos, como loções, cremes, séruns, bastões e shampoos. Eles trazem vários benefícios para a pele, como suavidade, hidratação e condicionamento. Além disso, também são usados para fazer sabonetes através do processo de saponificação.

Esses óleos são populares na indústria cosmética devido aos efeitos positivos que têm no corpo. Quando aplicados, eles criam uma camada protetora na pele, reduzindo a perda de água. Isso mantém a pele hidratada e com uma aparência saudável. Além disso, certos ácidos graxos presentes nos óleos vegetais, como o ácido oleico, podem aumentar a absorção de outros componentes benéficos do óleo.

Outros compostos encontrados nesses óleos, como compostos fenólicos e tocoferóis, têm propriedades antioxidantes, que ajudam a proteger a pele contra danos causados pelos radicais livres. Eles também podem auxiliar em processos importantes para a pele, como a manutenção da barreira cutânea, redução da inflamação e aceleração da cicatrização. 

Além disso, os óleos vegetais são também empregados em produtos capilares, criando uma camada sobre a superfície dos fios, o que fecha as cutículas e retém a umidade. Eles também funcionam como lubrificantes, tornando mais fácil desembaraçar os fios.

Óleos Vegetais Nobres na Cosmética

Os óleos vegetais nobres têm desempenhado um papel significativo na indústria cosmética, agregando valor aos produtos e proporcionando inúmeros benefícios para a pele e os cabelos. Esses preciosos ingredientes naturais são extraídos de plantas exóticas (ou menos comuns) e ricas em nutrientes, trazendo consigo uma série de propriedades vantajosas para o bem-estar e a beleza.

Uma das principais razões para o uso desses óleos em cremes, loções, shampoos e outros produtos cosméticos é sua capacidade de oferecer hidratação intensa e duradoura. Com alto teor de ácidos graxos e vitaminas, esses óleos ajudam a manter a pele e os cabelos nutridos e saudáveis, prevenindo o ressecamento e a perda de umidade.

Outro aspecto relevante é o poder antioxidante presente em muitos desses óleos. A ação antioxidante combate os radicais livres, que são responsáveis pelo envelhecimento precoce da pele. Dessa forma, o uso regular desses produtos cosméticos pode contribuir para proteger a pele dos danos causados pela exposição ao sol e ao ambiente poluído.

Além disso, a diversidade de óleos vegetais utilizados permite abordar diferentes necessidades e tipos de pele. Enquanto óleos como o de macadâmia e o de babaçu são leves e ideais para peles mais sensíveis e oleosas, óleos como o de baobá e o de pracaxi são excelentes opções para peles secas e cabelos danificados. Essa variedade possibilita uma ampla gama de produtos formulados para atender às necessidades específicas de cada indivíduo.

Não há uma nomenclatura específica para óleos e gorduras, sendo assim ambos são comumente denominados de acordo com a fonte de onde o produto foi extraído ou outro nome popular. 

Alguns exemplos de óleos vegetais nobres utilizados em cosméticos são:

• • Óleo de Pracaxi: o óleo de Pracaxi é extraído das sementes da árvore Pentaclethra macroloba, originária da Amazônia. Utilizado historicamente por tribos indígenas para tratar problemas de pele e cicatrizes, esse óleo tem ganhado destaque na indústria cosmética devido às suas propriedades emolientes, hidratantes e anti-inflamatórias. É rico em ácido behênico, conhecido por sua capacidade de auxiliar na retenção da umidade da pele e dos cabelos, proporcionando uma hidratação profunda e duradoura.
  • Óleo de Macadâmia: o óleo de macadâmia é extraído das nozes da árvore de macadâmia, nativa da Austrália. Por séculos, os povos indígenas da Austrália utilizaram o óleo de macadâmia por suas propriedades curativas e hidratantes. Com uma composição rica em ácidos graxos ômega-7 e ômega-9, antioxidantes e vitamina E, esse óleo é conhecido por sua capacidade de proteger e suavizar a pele, além de promover brilho e força aos cabelos. O óleo de macadâmia é rapidamente absorvido pela pele, sem deixar uma sensação gordurosa, e é altamente recomendado para melhorar a elasticidade e flexibilidade da pele, tornando-a um aliado poderoso no combate aos sinais de envelhecimento.
  • Óleo de Buriti: o óleo de Buriti é proveniente da região Amazônica, sendo um poderoso aliado contra os danos causados pelos raios UV. É rico em ácidos graxos oleicos e possui alta concentração de carotenóides, principalmente vitamina A. Essas características fazem com que este óleo seja bastante utilizado em produtos cosméticos pós-sol e também protetores solares, além de cremes, loções e óleos de banho de uso diário.

• Óleo de Babaçu: extraído das palmeiras de babaçu, encontradas principalmente no Brasil, esse óleo é conhecido por suas propriedades emolientes e hidratantes. Sua textura leve e não oleosa faz dele uma excelente opção para hidratar a pele, deixando-a macia e suave. Além disso, o óleo de babaçu é rico em ácido láurico, podendo também ser utilizado em produtos para cabelos secos e fragilizados, proporcionando nutrição e brilho aos fios.

• Óleo de Groselha Negra: com origem na Europa e Ásia, o óleo de groselha negra é uma rica fonte de ácido graxo ômega-6 e vitamina C. Suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias são altamente valorizadas em produtos para cuidados com a pele madura ou sensível, pois auxiliam na redução de sinais de envelhecimento e no alívio de irritações cutâneas.

• Óleo de Baobá: proveniente da árvore baobá, nativa da África, esse óleo é um verdadeiro elixir para a pele. Rico em vitaminas A, D, E e F, além de ácidos graxos essenciais, o óleo de baobá proporciona hidratação profunda e auxilia na restauração da barreira cutânea. Ele é especialmente útil em produtos para peles secas e desidratadas, contribuindo para uma aparência mais saudável e luminosa.

Conclusão

Óleos vegetais são substâncias naturais que têm afinidade com gordura e não se misturam com água. Eles têm uma composição complexa, contendo ácidos graxos, compostos fenólicos, triterpenos e outros elementos. Esses óleos são utilizados em cosméticos porque oferecem vantagens como lubrificação, hidratação e a capacidade de formar uma película protetora na pele.

Compostos por uma combinação única de nutrientes, ácidos graxos, vitaminas e antioxidantes, os óleos vegetais carregam propriedades distintas e valiosas, que possuem o potencial de nutrir, hidratar, rejuvenescer, proteger e revitalizar tanto a pele quanto os cabelos, contribuindo para uma aparência saudável e radiante.

Em suma, seus benefícios hidratantes, antioxidantes e nutritivos, aliados à sua origem sustentável, tornam esses óleos uma escolha cada vez mais popular e valorizada por quem busca produtos de beleza eficazes e conscientes.

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Nos últimos meses, o Chat GPT, assistente digital avançado, dominou os noticiários pelos resultados intrigantes em aplicações acadêmicas e de negócios. O sistema, entretanto, é mais uma confirmação da evolução de uma tecnologia que vem recebendo cada vez mais atenção (e investimentos) da indústria como um todo, incluindo, claro, a de cosméticos: a inteligência artificial.

Marcas com foco no consumidor final apostam em soluções para aproximação, como as realidades virtual e aumentada, usando até mesmo a câmera do celular para testes. Além da facilidade, existe uma ciência de dados por trás desses recursos que ajuda a melhorar a experiência de compra e de uso dos produtos. Do outro lado, dos fornecedores de matérias-primas e dos formuladores, quais as vantagens da IA? Como é utilizada?

Para especialistas, agilidade e assertividade são dois aspectos importantes que o uso de IA traz, principalmente para o setor de P&D. De acordo com Amanda Saez, Consultora Digital para Personal Care da BASF América do Sul, “muitas análises e testes feitos exclusivamente por métodos tradicionais demandam mais tempo e tentativas durante o processo. Com a soma de conhecimento e IA, expandimos as possibilidades, já que é viável explorar um grande volume de dados para identificar conexões ainda não feitas e de forma mais acurada”.

Nesse campo, a própria BASF traz um exemplo do impacto de tecnologias avançadas. A empresa desenvolveu, através de previsões em simulações computacionais e uma plataforma machine learning, o PeptAIde® 4.0, produto de base natural para saúde do couro cabeludo. “O sistema utilizado avaliou trilhões de entradas de dados para identificar os peptídeos com maior potencial de impacto positivo na inflamação silenciosa”, explicou a executiva.

A inovação também é compartilhada. Durante a in-cosmetics Latin America 2022, a BASF disponibilizou uma plataforma para auxílio dos profissionais do setor chamada D´lite, que conecta conhecimento técnico com entendimento das necessidades de mercado e dos consumidores. O sistema já disponibiliza diversos módulos de serviços, como insights de produtos, análises de mercado e mídias sociais, simuladores de formulação, base de formulação e ingredientes, documentação de produtos, entre outros.

“O D´lite conta, por exemplo, com simuladores (Emollient Jockey, Emollient Maestro e Surfactant Navigator) que auxiliam os times técnicos na avaliação das melhores combinações para suas formulações, com o objetivo de serem mais assertivos no momento de seguir para a bancada. A interface reforça a estratégia de disponibilizar soluções para um futuro mais equilibrado através de um olhar 360º, orientado por sustentabilidade, digitalização e inovação”, finaliza Amanda.

A era da personalização

Outra aplicação importante de IA no setor é a capacidade de não só processar uma quantidade gigantesca de informações ligadas ao comportamento, como traduzi-las. Pessoas são diferentes e, consequentemente, suas dores e objetivos também. De acordo com pesquisa da Dessault Systèmes, 83% dos consumidores desejam produtos ou serviços personalizados e que atendam rapidamente suas necessidades individuais.

O nível de detalhamento possível com IA é grande e as marcas vêm usando a tecnologia como aliada e como ativo. O mercado já trata de ultra personalização e, nesse contexto, o domínio da informação é peça fundamental. Os mapeamentos e outros recursos, até mesmo tracking de humor, entregam o que funciona e o que não, feedbacks, rotinas, dificuldades e uma série de dados para melhorias de produto, performance, relacionamento e avanço de mercado.

Debates como este sobre os atuais movimentos de mercado, lançamentos e as inovações no desenvolvimento de produtos de HPPC (Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) estarão entre os destaques da próxima edição da in-cosmetics latin america, maior feira de ingredientes de cosméticos da América Latina. O evento acontece nos dias 27 e 28 de setembro, no Expo Center Norte.

Para saber mais acesse: https://www.in-cosmetics.com/latin-america/pt-br.html.

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A crescente demanda por cosméticos naturais tem impulsionado a indústria a buscar formulações mais seguras e sustentáveis. No entanto, a criação de cosméticos naturais enfrenta desafios técnicos significativos que precisam ser superados para garantir produtos de alta qualidade. Neste artigo, discutiremos alguns dos principais desafios enfrentados por profissionais formuladores de cosméticos naturais e algumas estratégias aceitáveis que podem ser empregadas para superá-los.

Custo final da formulação

O controle do custo da fórmula é um dos principais desafios enfrentados pelos fabricantes de cosméticos naturais. De forma geral, o preço de matérias-primas naturais tende a ser mais elevado em comparação com as opções sintéticas disponíveis no mercado. Essa diferença de custo ocorre por diversos motivos.

Em primeiro lugar, a disponibilidade limitada de alguns tipos de matérias-primas naturais é um fator que contribui para o aumento de seu preço. Ao contrário de muitas opções sintéticas, que podem ser produzidas em grande escala, alguns tipos de matérias-primas naturais dependem da disponibilidade de insumos de origem natural. Isso significa que a quantidade de ingredientes naturais disponíveis pode ser limitada, resultando em preços mais altos devido à demanda maior do que a oferta.

Além disso, o processo de extração de ingredientes naturais é muitas vezes mais complexo e trabalhoso do que a fabricação de produtos sintéticos. A obtenção de matérias-primas naturais pode envolver a colheita de plantas, a extração de óleos essenciais ou a obtenção de substâncias de origem animal, entre outros métodos. Esses processos exigem cuidados especiais, conhecimentos técnicos e mão de obra qualificada, o que pode aumentar os custos de produção.

A demanda crescente por ingredientes naturais também desempenha um papel importante no aumento dos preços. À medida que mais consumidores buscam produtos cosméticos naturais e sustentáveis, a procura por matérias-primas naturais aumenta. Isso cria um cenário de maior competição e pressão sobre os fornecedores, o que pode levar ao aumento dos preços das matérias-primas.

Estabilização de sistemas cosméticos emulsionados

A capacidade de emulsionar e estabilizar formulações é um desafio na criação de cosméticos naturais. Em comparação com algumas opções sintéticas, os emulsionantes e os agentes espessantes naturais tendem a apresentar um desempenho inferior. Muitos referenciais certificadores de produtos cosméticos naturais restringem o uso de ingredientes de determinadas origens, ou que tenham passado por alguma reação química, como a etoxilação e a propoxilação, por exemplo. 

Os emulsionantes, por exemplo, desempenham um papel crucial na formulação de cosméticos, permitindo a combinação de misturas imiscíveis, como água e óleo, para criar uma textura uniforme e estável. Muitos emulsionantes sintéticos, em particular aqueles que passaram pelo processo de etoxilação, apresentam uma maior capacidade de emulsionar óleos, manteigas e ésteres, reduzindo as chances de problemas, como a ocorrência de separação de fases. Esses emulsionantes sintéticos etoxilados são altamente eficazes devido às propriedades adquiridas durante o processo químico de reação com óxido de etileno.

Por outro lado, muitos emulsionantes naturais, muitas vezes derivados de plantas, como ceras vegetais, óleos e lecitina, possuem limitações em termos de sua capacidade emulsionante. Não é que eles não sejam capazes de realizar o trabalho de emulsificação, mas tendem a ser menos potentes nesse quesito. Eles não passam por processos como o da etoxilação, por exemplo, o que resulta em um poder emulsionante inferior. Isso pode levar a desafios na estabilização de emulsões, resultando em produtos que se separam ao longo do tempo ou apresentam uma textura menos agradável. Isso não é uma regra, mas acontece muito.

Da mesma forma, os agentes espessantes naturais levantam desafios ao formulador, na hora da criação de produtos cosméticos naturais. Os espessantes sintéticos costumam apresentar propriedades superiores, como maior transparência, consistência, textura e brilho. Essas características são altamente desejáveis para uma experiência sensorial agradável dos produtos cosméticos.

No entanto, isso não significa que seja impossível superar esses desafios na criação de cosméticos naturais. A indústria cosmética tem investido em pesquisas e desenvolvimento de ingredientes naturais mais eficazes, buscando alternativas aos emulsionantes e agentes espessantes sintéticos. Cada vez mais surgem emulsionantes naturais modificados ou combinações de ingredientes naturais que podem fornecer um desempenho emulsionante melhorado.

Existe ainda a possibilidade de combinação de diferentes emulsionantes naturais ou o uso de técnicas de formulação específicas, como a adição de co-emulsionantes ou modificadores de viscosidade, que pode melhorar a estabilidade e consistência das formulações.

Outra abordagem é educar e informar os consumidores sobre os benefícios dos cosméticos naturais e suas características sensoriais distintas. Muitos consumidores estão dispostos a aceitar uma textura um pouco diferente em troca de produtos com uma história mais natural e sustentável.

Outra estratégia para superar o desafio da capacidade de emulsionar e estabilizar as formulações naturais é a combinação de ingredientes naturais com ingredientes sintéticos em quantidades controladas. Essa abordagem híbrida permite aproveitar os benefícios dos ingredientes naturais, mantendo um desempenho estável e consistente. No entanto, é importante encontrar um equilíbrio para garantir que a fórmula final atenda aos requisitos de naturalidade e sustentabilidade desejados pelos consumidores.

Conservação de diferentes tipos de sistemas cosméticos

Os conservantes são essenciais para evitar o crescimento de microorganismos e garantir a segurança e durabilidade dos produtos cosméticos. No entanto, encontrar conservantes genuinamente naturais que ofereçam um amplo espectro de proteção (que atue contra bactérias, fungos e leveduras) pode ser um desafio. Muitos conservantes naturais podem ter ação limitada e não serem tão eficazes quanto opções sintéticas de mercado.

Eu costumo dizer em minhas aulas que “conservante não dá em cachos”, justamente pela dificuldade de encontrar em conservantes 100% naturais uma versatilidade quanto à conservação adequada para vários tipos de produtos.  

Enquanto muitos conservantes sintéticos são amplamente utilizados na indústria cosmética devido ao seu amplo espectro de proteção e à sua eficácia comprovada, os conservantes naturais, de forma geral, possuem limitações. A principal delas é a falta de opções que possuam um amplo espectro de atividade antimicrobiana.

Embora existam alguns conservantes naturais disponíveis, como óleos essenciais e extratos de plantas, eles geralmente possuem um espectro de proteção mais limitado e podem não ser eficazes contra todos os tipos de microorganismos.

Além disso, os conservantes naturais também podem ser menos estáveis em comparação com os sintéticos. Eles podem ser mais suscetíveis à degradação devido a fatores como pH, temperatura e exposição à luz. Isso pode levar a uma diminuição da eficácia do conservante ao longo do tempo e comprometer a estabilidade microbiológica do produto.

Para tentar superar esses desafios, os fabricantes de cosméticos naturais adotam diferentes estratégias. Uma abordagem é combinar vários conservantes naturais para obter uma proteção mais ampla. Essa combinação sinérgica pode aumentar a eficácia antimicrobiana e melhorar a estabilidade do produto. É importante lembrar que a real capacidade de conservação de um sistema conservante deve sempre ser comprada com testes específicos, feitos com a amostra do produto cosmético.

Além disso, técnicas de formulação como o ajuste do pH, o controle da atividade da água e o uso de ingredientes coadjuvantes também podem ajudar a prolongar a vida útil dos produtos naturais. O pH adequado pode inibir o crescimento microbiano, enquanto o controle da atividade da água pode limitar as condições favoráveis para o desenvolvimento de microorganismos.

Outra estratégia é a implementação de boas práticas de fabricação, como a higiene adequada durante o processo de produção, a adoção de embalagens higiênicas e o monitoramento regular da qualidade microbiológica dos produtos.

Os próprios referenciais certificadores compreendem a dificuldade em encontrar conservantes 100% naturais que sejam eficazes e de amplo espectro de proteção. Esses referenciais autorizam, portanto, o uso de alguns conservantes sintéticos que são considerados idênticos às alternativas presentes na natureza. 

É importante destacar que a escolha dos conservantes deve ser baseada em estudos de segurança e eficácia, levando em consideração as regulamentações e restrições aplicáveis. Os fabricantes de cosméticos naturais devem garantir que seus produtos sejam seguros para uso e estejam em conformidade com os padrões regulatórios estabelecidos pelas autoridades competentes.

Ação condicionante na fibra capilar

A obtenção de um bom condicionamento capilar também é um desafio significativo na criação de cosméticos naturais. Enquanto muitas opções sintéticas oferecem um desempenho superior nessa área, as alternativas naturais frequentemente não conseguem atingir o mesmo nível de condicionamento desejado. Isso se deve, em parte, à proibição do uso de certas reações químicas no processo de fabricação de ingredientes considerados sustentáveis, como a quaternização.

A quaternização é um processo químico utilizado para modificar moléculas e conferir a elas propriedades condicionantes. Essa técnica é comumente empregada na produção de ingredientes catiônicos (que possuem carga positiva) usados para melhorar a capacidade de desembaraço, suavidade e brilho dos cabelos. Os ingredientes naturais, ou derivados naturais, não passam por processos químicos de quaternização, o que limita suas propriedades condicionantes. 

Sendo assim, as opções de ingredientes com propriedades condicionantes acabam ficando mais restritas, limitando-se à ceras, óleos, ésteres e manteigas vegetais. Atualmente existem algumas poucas opções de condicionantes naturais derivados de aminoácidos, por exemplo, e que apresentam carga catiônica, sendo esses são casos muito específicos.

No entanto, há um esforço da indústria em pesquisa e o desenvolvimento na área de ingredientes naturais para proporcionar avanços nesse aspecto. Uma estratégia para conseguir contornar o desafio do condicionamento capilar em cosméticos naturais é combinar ingredientes naturais com ingredientes sintéticos em formulações equilibradas. Essa abordagem permite aproveitar as propriedades condicionantes dos ingredientes naturais, ao mesmo tempo em que se beneficia das características de desempenho dos ingredientes sintéticos. Essa combinação cuidadosa pode resultar em produtos capilares naturais que oferecem um condicionamento eficaz, mantendo a integridade dos princípios naturais desejados pelos consumidores.

Outra abordagem para enfrentar o desafio do condicionamento capilar em cosméticos naturais é o uso de tecnologias inovadoras, como a nanotecnologia. A nanotecnologia permite a criação de partículas ultrafinas que podem penetrar nas camadas mais profundas do cabelo, fornecendo um condicionamento mais eficaz. Essa tecnologia também ajuda a proteger e reparar os danos capilares, resultando em cabelos mais saudáveis e bonitos. Porém, vale lembrar que alguns referenciais certificadores de produtos naturais e orgânicos não permitem o uso de ingredientes nanotecnológicos.

Além disso, é importante destacar que a melhoria do condicionamento capilar não depende apenas dos ingredientes utilizados, mas também de outros fatores, como a formulação adequada, a concentração dos ingredientes ativos e a técnica de aplicação. A sinergia entre esses elementos desempenha um papel crucial no resultado final do condicionamento capilar.

Sensorial final do produto cosmético

Existe um desafio real na criação de cosméticos naturais que buscam alcançar sensoriais similares aos dos cosméticos tradicionais. Isso se deve às restrições quanto ao uso de ingredientes sintéticos que atuam como modificadores de sensorial, melhorando a sensação ao toque, como silicones e outros ingredientes sintéticos usados como aprimoradores de sensorial em produtos convencionais.

Os silicones são amplamente utilizados na indústria cosmética devido às suas propriedades únicas. Eles conferem uma textura suave, sedosa e deslizante aos produtos, além de proporcionarem uma sensação de suavidade e lubrificação na pele. Esses efeitos sensoriais agradáveis são altamente valorizados pelos consumidores e são frequentemente associados a uma experiência de luxo e conforto.

Por classificarem o silicone, entre outros modificadores sensoriais, como ingredientes da classe dos sintéticos, muitos fabricantes de cosméticos naturais enfrentam o desafio de encontrar alternativas naturais que possam replicar os efeitos sensoriais de matérias-primas tradicionais e essa busca tem sido intensa nos últimos anos. Essas alternativas devem ser derivadas de fontes renováveis e ecologicamente sustentáveis.

Várias empresas têm investido em pesquisa e desenvolvimento para identificar ingredientes naturais que possuam propriedades emolientes, lubrificantes e suavizantes, capazes de melhorar a experiência sensorial dos produtos cosméticos naturais.

Uma abordagem muito utilizada para melhorar o sensorial dos cosméticos naturais é a combinação de ingredientes naturais para obter sinergias que potencializem as propriedades sensoriais desejadas. Por exemplo, a combinação de diversos tipos de emolientes, amidos e extratos de plantas pode resultar em texturas mais suaves e sensoriais mais agradáveis.

Além disso, técnicas avançadas de formulação, como a microencapsulação de ingredientes ativos naturais, têm sido utilizadas para melhorar a liberação controlada e prolongada dessas substâncias, o que pode contribuir para uma experiência sensorial mais duradoura.

A realidade apresentada quanto às dificuldades sobre ao custo final de formulação, estabilização de sistemas cosméticos emulsionados, ação condicionante na fibra capilar, conservação contra ação de microorganismos e sensorial final do produto cosmético são apenas alguns dos desafios técnicos reais enfrentados por milhares de formuladores diariamente. Basta perguntar isso para qualquer formulador profissional experiente e essa confirmação será dada de imediato. Porém, é importante lembrar que a demanda crescente de mercado por produtos cosméticos considerados mais sustentáveis abre oportunidades para a inovação e o crescimento na indústria. E não há dúvidas que será cada vez mais fácil lidar com todos esses desafios.

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